O grande problema, hoje, nas escolas é a pouca leitura dos alunos e o
não conhecimento da própria cultura. Percebemos que é apenas na 1ª série do
ensino médio que se introduz a disciplina de Literatura, cabendo a esta a
função de desenvolver a habilidade da leitura e de recuperar em apenas 3 anos a
história artística, cultural e social de
um povo. A disciplina de Língua Portuguesa é, assim, “teoricamente”, a única
responsável, muitas vezes, levando o trabalho com a leitura a ser desenvolvido
como base em questões específicas.
Vemos na
literatura popular uma maneira interdisciplinar de incentivar a leitura dos
alunos também em outras disciplinas e deixar mais interessante as aulas.
Tomando conhecimento da literatura de cordel resolvemos propor a
interdisciplinaridade, usando os textos desses folhetos.
Este projeto tem como objetivo principal mostrar que
essa poesia deve fazer parte das práticas pedagógicas em sala de aula, incentivando
a leitura e o reconhecimento de nossa cultura.
O cordel, com toda a sua riqueza, deve estar presente nas aulas de
língua portuguesa, história, sociologia e artes; permitindo, assim o
conhecimento aprofundado da cultura nordestina de forma mais prazerosa.
Os folhetos simples do cordel são fonte importante e rica para o nosso
saber e para a cultura brasileira; uma riqueza que poucos dão valor. Nas nossas
práticas escolares encontramos na literatura de cordel, rica em detalhes,
personagens do cotidiano e isso nos faz entender melhor os conteúdos
ministrados em sala de aula.
Assim nosso projeto promoveu oficinas na sala de multimídia sobre o
assunto para os alunos dos 1º anos. No primeiro encontro a turma de enfermagem
se mostrou interessada no assunto; convidamos a diretora da escola, Caroline, e
a professora de língua portuguesa, Lindene. A turma de informática se mostrou
curiosa e muito participativa, fazendo muitos questionamentos sobre o assunto;
a professora de filosofia e sociologia, Rosaelma, e a professora regente do
multimeios, Virgínia, participaram do encontro.
No último encontro, a turma do comércio também se mostrou curiosa a
cerca dos cordéis e seus autores; neste momento a participação do professor de
matemática Luiz Ferreira deixou a oficina mais rica ao relatar que os folhetos
fazem parte de sua história desde a infância.
Portanto, essas obras primas, que
têm a cara do Nordeste, merecem entrar na sala de aula e transformar a leitura numa
prática leve e prazerosa que enriquece a nossa vida mantendo vivo o amor do
povo pela cultura local.
Profª Lúcia Regina (orientadora do projeto)